ADOÇÃO DE LOGÍSTICA REVERSA AINDA APRESENTA BARREIRAS
Especialista em Logística e Supply Chain pelo MIT destaca que, apesar do potencial da logística reversa ter sido identificado, ainda há dificuldade em controlar e organizar as atividades relacionadas a esse processo.
A logística reversa foi estabelecida por meio da Lei Federal 12.305/2010 como uma forma de modificar a política de resíduos sólidos e combater o descarte incorreto de lixo. Doze anos depois, o que se nota é que, com o avanço das discussões ambientais e adesão à políticas de sustentabilidade, essa pauta tem ganhado espaço nas organizações, que identificaram na logística reversa um fator competitivo.
No entanto, apesar de ser um tema para o qual gestores, executivos e empresários de variados segmentos têm voltado as atenções, a implementação bem-sucedida da logística reversa ainda enfrenta desafios.
Em artigo exclusivo para a edição 81 da MundoLogística, o especialista em Logística e Supply Chain pelo MIT, Alessandro S. Silva, explica que é preciso dar a esse recurso a perspectiva de geração de valor. No entanto, “apesar de os gestores terem começado a perceber o potencial da logística reversa, eles ainda têm dificuldade em controlar e organizar as atividades relacionadas a este processo, de modo a superar as barreiras encontradas”.
Amparado pelo artigo de Ravi Shankar, “Analysis of Interactions Among the Barriers of Reverse Logistics” (“Análise das interações entre as barreiras da logística reversa”, em português), o executivo com experiência de mais de 20 anos em Operações e Serviços discorre sobre os obstáculos enfrentados pelas companhias.
As políticas da empresa são, em via de regra, barreiras para o sucesso da logística reversa. Silva explica que isso é refletido pela falta de importância dada ao tema e a desatenção gerencial.
“As companhias estão tomando ciência da vantagem competitiva que podem ter sobre seus concorrentes, com a criação de políticas mais adequadas e melhoria do processo reverso.” – Alessandro S. Silva, especialista em Logística e Supply Chain pelo MIT.
Essa dificuldade é corroborada pela resistência à mudança para atividades relacionadas à logística reversa – outro obstáculo pontuado pelo especialista. “O ser humano tem uma tendência natural de resistência à mudança. [...] Parte desta resistência advém das demais barreiras, como políticas empresariais inadequadas e falta de consciência dos benefícios resultantes, fortalecendo assim o status quo, o que torna a mudança ainda mais difícil”, analisa Silva.
No caso de empresas que se mostram mais abertas a transformações, uma barreira ressaltada pelo especialista é a falta de planejamento estratégico para a implementação. Para Silva, é preciso identificar objetivos de logística reversa e a especificação de planos de longo prazo para gerenciá-los. “Com as rápidas mudanças na tecnologia e no mercado, é necessário ter um planejamento estratégico sólido.”
As demais barreiras apontadas e comentadas por Alessandro S. Silva estão disponíveis no artigo, que pode ser conferido na íntegra por assinantes da MundoLogística.
Fonte: https://revistamundologistica.com.br/noticias/apesar-de-avancos-adocao-de-logistica-reversa-ainda-apresenta-barreiras